Sempre fico com os 2 pés atrás quando recebo um texto bem elaborado assinado pelo Jabor, Veríssimo e etc.

Quando tenho paciência leio sem me impressionar com a assinatura. Se o conteúdo é bom, ótimo. Senão discarto.

O texto abaixo (e que me desculpe o autor) é de um desconhecido pra mim. Assim, já ganhou pontos comigo.

No começo vem uma breve descrição do autor, o que não considerei pelo mesmo motivo citado acima.

De qualquer forma, o conteúdo (e é isso o que interessa, não é?) pra mim é perfeito. É extenso mas vale a pena. Leia!

Fala de muita coisa do que já falamos aqui e de coisas que ainda pretendo falar.

Agradeço a minha sogra que me enviou essa jóia:


Gilberto Geraldo Garbi foi um dos alunos classificados a seu tempo
como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o
ITA, entre outras honrarias que recebeu daquela instituição.

Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a
Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da
TELEBRAS.
________________________________

A CAMINHO DOS 99,9999995%

( Gilberto Geraldo Garbi )

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas
pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de
popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo
“nunca antes visto nesse país” e eu fiquei me perguntando o que
poderemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais
bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a
conceder 82% de aprovação.

Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás
o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel
Castro e para aquele tiranete caricato da Coréia do Norte, cujo nome
jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os
dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o
povo pensa, enquanto em Cuba e na Coréia do Norte as pesquisas de
opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a
ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e
nulos sendo contados a favor do governo…

Portanto, a popularidade de Lula ainda “tem espaço” para crescer, para
empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos
economistas.. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com
suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a
unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus
Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se
de alguma oposição…

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu
hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, “cumpanhero”,
porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado a Aritmética, exceto nos cálculos
rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que
você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no
Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um
dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja,
0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes
99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em
parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há
força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem
comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira,
não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o
pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver
comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: convenci-me de que
na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa
mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer
custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso
ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os
cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam
infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que
desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que
só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os
privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o
Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou,
como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e
alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e
beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que
lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são
incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei
minha convicção de que este País só deixará de ser o que é – uma terra
onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora
é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados
eternamente impunes – quando a mentalidade da população e de seus
representantes for profundamente mudada.

Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela
recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.

E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa
mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia
fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral,
se você a tivesse.

Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral,
esta sim, nunca antes vista nesse País.

Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas
populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.

Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais
seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado
apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é
comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à
venda?

Eu não o considero inteligente, no sentido estrito da palavra, porque
uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você
chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em
que você e sua malta alegremente circulam, nem se entregaria a seu
permanente êxtase de vaidade e auto idolatria.

Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse
País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu
bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus
representantes.

Esse é seu legado maior, e de longa duração: o de haver escancarado a
lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin
encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu
diário: “Aqui todos são subornáveis”.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico
instrumento de poder, tornando-a generalizada e fazendo-a permear até
os últimos níveis da Administração.

Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os
funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem
temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de
comunicação com a massa.

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a
política econômica de seu antecessor, a mesma política que você
manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar.

Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão.

Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho.

Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas.

Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros “cumpanheros”
pegos em flagrante

Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas
sob medida para agradá-las.

Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Por falar em ONG, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o
trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais
através de ONGs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro
público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e
desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar
as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País
sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de
tantas vítimas.

Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais
gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados
conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.

Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver
indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os
condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que
todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no
Brasil, leva décadas.

Lula, você não tem nem nunca teve ideais, apenas ambições.

Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as
suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas,
sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter
seu ego adulado.

Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça
manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba
alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você
deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se
aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava
no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de
funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos
arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando
você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que
pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto
carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o
compadrio e o populismo; e vai por aí… Justiça, ora a Justiça, é o
que você pensa…

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes
contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das
desavenças que fomenta.

Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque
conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso,
melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é
mesmo?

E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente
detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas,
mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios
sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam
valer-se delas.

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as
verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo
jornalistas.

O que houve entre o BNDES e as redes de televisão?

O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos?

Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar
usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais
opositores as opções: “O plata, o plomo”. Peça ao Marco Aurélio para
traduzir. Ele fala bem o Espanhol.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a
todos que não o bajulem.

Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não
é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?

É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais,
funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas,
cotas, cargos e medidas demagógicas.

Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas
de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a
ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi
plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.

Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população
parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da
honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os
abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de
lentilhas da melhoria econômica.

É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje… E, como se
diz na França, “l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes
ne sont rien”.

Você não entendeu, não é mesmo?  Então pergunte à Marta. Ela adora
Paris e a gente sustentou seu gigolô franco-argentino por um bom
tempo…

Gilberto Geraldo Garbi

16/07/2009

Contribuição do meu amigo Augusto Stracieri para o blog:

OS BRASILEIROS

– Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas.
– Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
– Estacionam em vagas exclusivas para deficientes.
– Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração.
– Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
– Falam no celular enquanto dirigem
– Trafegam pela direita nos acostamentos num congestionamento.
– Param em filas duplas, triplas em frente às escolas
– Violam a lei do silêncio.
– Dirigem após consumirem bebida alcoólica.
– Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
– Espalham mesas, churrasqueira nas calçadas.
– Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho.
– Fazem gato de luz, de água e de TV a cabo.
– Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios , só para pagar menos impostos.
– Compram recibos para abater na declaração do imposto de renda para pagar menos imposto
– Mudam a cor da pele para ingressar na universidade através do sistema de cotas.
– Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota de 20.
– Comercializam objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
– Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco rodado.
– Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
– Substitui o catalisador do carro por um que só tem a casca….
– Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta do ônibus, sem pagar passagem.
– Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA
– Frequentam os caça-níqueis e fazem uma fezinha no jogo de bicho.
– Levam das empresas onde trabalham, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis…. como se isso não fosse roubo.
– Comercializam os vales transportes e vale refeição que recebem das empresas onde trabalham.
– Falsificam tudo, tudo mesmo.. só não falsificam aquilo que ainda não foi inventado…
– Quando voltam do exterior, nunca falam a verdade quando o policial perguntam o que trazem na bagagem…
– Quando encontram algum objeto perdido, na maioria não devolve.

E querem que os políticos sejam honestos, se escandalizam com a farra das passagens aéreas. Estes políticos que aí estão saíram do meio desse mesmo povo. Ou não ? Brasileiro reclama de quê, afinal?

As culpas e culpas e culpas e culpas são dos políticos? governos? senadores?

Pra mim não.

No primero post desse blog questionamento a atitude do leitor caso alguma lei benefiasse sua categoria de trabalho em detrimento das outras categorias.

E se a lei fizesse que você (por um problema seu) atrapalhasse a vida de centenas de pessoas?

Vamos a um caso real:

Uma professora de inglês da rede municipal estranhou que sua aluna da 5ª séria tinha mais facilidade em redigir em inglês do que em português.

Na verdade ela com auxílio era capaz de montar frases em inglês, mas em português nem com auxílio.

Essa professora questionu a professora de português sobre a habilidade de redigir textos dos alunos daquela escola.

Professora Inglês: “Fulana, aluno X sabe escrever?”

Professora Português com cara de Não Sei: “Hann… “

Professora Inglês: “Quando você pede que os alunos façam redação, eles fazem?”

Professora Português com cara de E Eu Peço Algo Pra Eles?: “Ah, quando eu peço a maioria não entrega.”

Outra professora que presenciou a conversa ficou intrigada.

Como essa professora não conhece seus alunos? Como ela não sabe se o aluno sabe escrever ou não?

Em outra conversa com a professora de português ela entendeu tudo.

Ao ouvir a professora de português se referindo aos alunos como capetas, filhos do dêmonio, desgraçados, tudo ficou claro.

Também ouviu da professora que ela nunca quis ter filhos. Que não suporta crianças. Que diariamente não vê a hora de ir para casa e etc.

Essa professora não soube responder sobre seus alunos porque ela NÃO CONHECE seus alunos. Aliás, ela não tem o mínimo interesse em conhecer.

Aluno pra ela é um problema, não uma missão.

O que faz uma pessoa continuar num emprego que ela não gosta? Que não tem aptidão alguma?

Dinheiro? Estabilidade empregatícia?

Pois é. Ela é concursada.

Sendo assim ela não tem grandes obrigações e tem muitos privilégios.

Ela (entre licenças, compensações, faltas abonadas, professoras substitutas e etc) precisa ir até a escola e entrar na sala de aula.

Ensinar português é só um detalhe. Orientar os jovens não dá dinheiro nem dias de folga.

O que faz uma pessoa continuar num emprego que ela não gosta e que não tem aptidão alguma é a junção da oportunidade de ter privilégios eternos somado a um sistema que não possui nenhum interesse que qualquer instituição pública funcione.

Hoje se você tiver um diploma e passar em um concurso público você está feito. Não terá que trabalhar nunca mais e terá seu salário garantido todo mês.

Não há supervisão sobre o que é feito após o concurso. Há um jogo político e de interesses que fazem que os “chegados” fiquem sempre na vida boa.

É isso que faz um recém concursado ao cargo de Juiz matar outra pessoa no litoral paulista sem sofrer NENHUMA punição. Esse saberá fazer justiça, não é?

Como o país pode ser justo? Como pode dar condições igualitárias a todos? Como pode evoluir se as instituições essenciais estão permeadas de incompetência, má vontade e desonestidade?

Há tantas pessoas aptas a ensinar, com vontade de passar conhecimento e dar oportunidade aos jovens.

Mas isso não basta.

Da mesma forma que ouvimos que “bons políticos” não tem chance de fazer algo pela população quando chegam ao Poder, os “bons professores” são engolidos pelos problemas institucionais.

E o pior: alunos que tentam (já que há milhões que nem à escola vão) se instruir são boicotados e impedidos de ter acesso ao conhecimento BÁSICO!

Esses alunos virarão executivos ou marginais?

O que é melhor para o país? Escolas eficazes ou presídios lotados?

Não há o que está ruim que não possa piorar!

Notícia publicada em 22/04/09:

Deputado diz que vai recorrer de decisão que proíbe passagens para parentes

Mesa Diretora restringiu passagens aos parlamentares. “Assim vocês querem que eu me separe”, disse Sílvio Costa (PMN-PE)

O deputado Sílvio Costa (PMN-PE) levou ao plenário da Câmara nesta quarta-feira (22) a indignação de alguns parlamentares com a decisão da Mesa Diretora de que as passagens aéreas não podem ser repassadas a parentes. Costa afirmou que irá recorrer da decisão.

Ele afirma que os parlamentares casados não podem ficar a semana em Brasília sem a família. “Não é justo que as mulheres e os filhos dos parlamentares não possam vir a Brasília. É preciso acabar com o teatro da hipocrisia. Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe. Esta decisão não é correta. É uma decisão acuada.”

Costa disse concordar com a restrição de passagens para voos internacionais, mas defendeu que os deputados possam trazer com dinheiro público para a capital federal os parentes mais próximos. “Quando eu fiz campanha, meus eleitores já sabiam que
eu era casado”, disse.

O deputado disse ainda que deve ser permitida a cessão de passagens para assessores. Ele argumentou que muitas vezes assessores dos estados podem ajudar em projetos na capital e vice-versa. “Ou este parlamento tem a coragem de falar a verdade para a opinião publica ou a cada dia a gente vai apanhar mais.”

O discurso foi muito aplaudido em plenário pelos cerca de cem deputados presentes no momento. Outros foram ao microfone rapidamente para manifestar concordância com Costa. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que se o recurso for regimental trará o tema para votação em plenário.

http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=879618&tit=Deputado-diz-que-vai-recorrer-de-decisao-que-proibe-passagens-para-parentes


Depois quando vem um gringo dizer que aqui não há um país sério uns e outros se melindram.
Vou comentar trechos da matéria:

Ele afirma que os parlamentares casados não podem ficar a semana em Brasília sem a família.
Se a minha empresa me mandar para trabalhar 3 dias por semana em outro estado, ela pagará a passagem/estadia da minha esposa? E a sua?

E por que o nobre deputado não se compadece dos companheiros solteiros? Garanto que eles precisam das respectivas mães presentes. [/ironia]

Não é justo que as mulheres e os filhos dos parlamentares não possam vir a Brasília.dolar
Justiça. Temos visões bem diferentes de Justiça. A diferença é que eu não sou do Legislativo.

É preciso acabar com o teatro da hipocrisia.
Uma frase que eu concordo! Mas só fora do contexto.

Quer dizer que agora eu venho para Brasília e minha mulher fica lá? Assim vocês querem que eu me separe.
Na verdade o que eu quero é algo bem diferente disso.

Esta decisão não é correta. É uma decisão acuada.
É correta e tardia, mas é acuada mesmo.

Quando eu fiz campanha, meus eleitores já sabiam que eu era casado
É provável. Mas que pagariam para a sua esposa viajar, sabiam também? Se soubessem votariam no sr? Aliás, o sr comentou sobre isso durante a campanha?

O deputado disse ainda que deve ser permitida a cessão de passagens para assessores. Ele argumentou que muitas vezes assessores dos estados podem ajudar em projetos na capital e vice-versa.”
Com certeza. É tão nítida a quantidade de bons projetos que jorram de Brasília semanalmente. Os assessores são fundamentais e as passagens tem que existir! [/ironia]

O sr já ouviu falar de telefone fixo e celular, internet, webcast?

Ou este parlamento tem a coragem de falar a verdade para a opinião publica ou a cada dia a gente vai apanhar mais.
A primeira parte é ilusão, a segunda é fato. Se a primeira acontecer a segunda será um massacre.

O discurso foi muito aplaudido em plenário pelos cerca de cem deputados presentes no momento.
Tinha tudo isso no plenário? Mas veja o lado bom, os que não estavam não gastaram passagens à toa, não é? Ou gastaram para outros lugares?

O Planalto é uma fonte inesgotável de sujeira, hipocrisia, desmandos, injustiças e ultrajes, mas o nobre deputado está lá por que as urnas o colocaram lá.  Fato.

Como o blog começa agora, escrevi os primeiros posts numa sequência de idéias e por isso a dica abaixo, acredito eu, será válida:

Leia o blog  de baixo para cima. Do post mais antigo para o mais recente.

Acredito que dessa forma a linha de raciocínio ficará mais clara.

Desde sempre ouço que a culpa da inflação, da recessão, do desemprego, da miséria, da falta de saúde, educação, segurança… de TUDO é do Governo.

Eles (os governantes) têm a faca e o queijo na mão. É só ter “vontade política” e pronto.

Afinal, “o Brasil é o país do futuro!”.

Meus Deus, quanta besteira a gente ouve.

Parei de ouvir e comecei a ver.

Vi (sem entender direito) a eleição indireta de um simpático senhor a Presidência da República. Vi, dias depois, esse mesmo senhor falecer sem tomar posse e o povo chorando sua morte.

Depois vi a primeira eleição direta a Presidência e o impeachment do eleito.

Na seqüência vi um par de eleições/reeleições.

Nesse tempo vi planos e mais planos, moedas e mais moedas, fiscais do Presidente, abertura das importações, poupanças retidas, contenção da inflação, bolsas disso e daquilo, malas disso e daquilo, oposicionistas de carteirinha virando situacionistas ferrenhos e vice-versa.

Parei de ver e comecei a pensar.

Já tivemos como Chefe de Estado de metalúrgico a sociólogo, passando por coronel do Nordeste e topetudo que caiu de pára-quedas.

Algum desses períodos foi substancialmente diferente dos outros?

Todos tiverem governos que se dedicaram a melhorar pontualmente determinadas áreas, mas no geral foram incompetentes nas questões sociais e, principalmente, marcados por desvios de verbas, manutenção e criação de privilégios, aumentos salariais aos deputados e senadores, escândalos (que normalmente surgem após o término do seu mandato) e etc.

Isso indica o que?

O problema não está em partido A ou B. Nem na pessoa X ou Y (aliás, todos são muito parecidos quando estão no poder).

Nosso problema é cultural. A desonestidade, o jeitinho, o privilégio está incrustado no ser humano. Não direi que isso é coisa de brasileiro. Conheço poucas pessoas de outros países para fazer esse julgamento.

Você pode estar se perguntando: “Desonesto eu?”.

Sobre isso, escrevi um texto em 2007 (época do escândalo do Mensalão) que vou reproduzir aqui:

A culpa é minha!

A culpa é minha!

Você pode não acreditar, mas é.

E não é porque eu votei neles, é porque eu cresci.

Um amigo quando tinha 05 anos ia com o pai comprar algo na padaria. Quando o pai tirou uma nota da carteira, meu amigo disse:

– Pai, eu vi uma nota igual a essa lá na rua.

– Onde?

– Na calçada.

– E porquê você não pegou?

– Por que o senhor me disse que eu só posso pegar o que é meu. Aquela nota não era minha.

Hoje meu amigo tem 18 anos. Hoje ele pegaria a nota.

Você pode retrucar:

“O que é isso?? Eu nunca roubei ninguém!!!”

Tá certo. Eu também não.

Bom, menti na declaração do Imposto de Renda, mas é porque preciso trocar de carro! Andar com 1.0 não é fácil, né?

E afinal de contas, esse dinheiro era meu! E não confio em político.. Sei lá o que vão com ele… Melhor restituir.

Outro dia estava na casa do meu primo vendo um Roberto denunciando corrupção. É… vi tudo.. TV Senado! Isso.. Tv a cabo!

Um colega do meu primo devia uma grana pra ele. Como ele trabalha na empresa que instala a tv a cabo, ele fez um ‘gato’ pro meu primo.

Bom, quem fez o gato foi o colega dele! Meu primo é honesto!

A gente não rouba ninguém… apesar dos ‘gatos’, das declarações ao IRPF, dos cds, dvds, jogos de PS2, camisa de time, tênis, roupas, perfumes e relógios piratas.

Infelizmente sou culpado!

Prefiro ter um Gol 1.6 do que um Ká 1.0 e por isso, não preciso roubar, é só ‘me enganar’ na declaração do IRPF.. que mal tem?

Os meninos lá do morro preferem ter um colar de ouro embaixo do capuz do comando vermelho, do que ter o peito nu.

Lutar para conseguir ganhar um salário maior, ter melhores condições, ter preços mais justos? Isso é muito difícil…

Puxar um ‘gato’, falsificar uma carteirinha, rasurar a Zona Azul, comprar um pirata, tá não mão…

E outra: eu voto nos caras pra eles conseguirem isso tudo para mim!!! E eles fazem o quê? Conseguem pra eles!

E se o Bispo pode, porque eu não posso?

(Aí vai uma dica: Se você tiver algum problema financeiro, ligue a tv à noite que o Bispo resolve!)

Problema espiritual? Ih, disso eles não falam, não. Eles devem achar que se você não tiver problema financeiro, também não tem espiritual…

Provavelmente com eles é assim.

Ah! Eu contribuo, todo mês, com uma Associação que cuida de aidéticos ou deficientes visuais (não sei bem)… Quando passa na tv também ajudo o Criança Esperança, Teleton…

Sempre vi a Igreja pedindo ajuda para as crianças de rua, mas nunca vi derrubarem uma parede de ouro do Vaticano.

Sei… Sei…

Existem as Heloisas… as Helenas.. Mas elas são Dom Quixotes! Bradam ao vento.

Ah, também tem os do tipo daquele faxineiro… É… Aquele que achou a mala cheia de dinheiro e devolveu sem pegar um tostão.

Ele chamava… chamava… Não lembro. Você lembra o nome dele? Não, né?

O espelho, a notícia, é sempre outro tipo de pessoa.

Vamos lembrar sempre do PC, do Faria, do Luís, do Inácio, do Roberto, do Jefferson, do José, do Dirceu, do Paulo, do Salim, do George, do W, do W, do Bush, do Sadam, do Bin, do Fernando, do Collor, do Henrique, do Beira Mar.

Tenho culpa porque admito essa cultura.

Tenho culpa porque não faço nada para mudá-la.

Tenho culpa porque me beneficio dela e quando, por causa dela sou prejudicado, aponto o dedo para quem se serve dela… tanto quanto eu.

É. Eu também digo que ganhar um clássico com gol roubado é mais gostoso!

Não quero amenizar o que fazem no Planalto.

O que fazem é errado, sujo, desmoralizante, deplorável, baixo, ultrajante, mas no fundo, no fundo é desonesto!

O que faço aqui é admitir que não sei o que faria se estivesse lá.

Se o Luís não tivesse ganho, o Geraldo seria melhor?

Ele (Geraldo) dirá que sim. Acho até que acredita piamente que sim. Mas seria?

Não acho que resolveremos algo com impeachment ou com a próxima eleição.

Não adianta tentar encontrar um novo Messias.

Não acho que resolveremos algo com uma reforma política, novas leis, nova constituição.

Ou mudamos nossas atitudes ou não muda nada!

Vivemos em famílias, cidades, países… vivemos num mundo desonesto.

E somos culpados por isso.

Os fins não justificam os meios. Concorda?

É, tá certo!

Tá? Tá.. claro que tá. Mas e na prática?

Você não mente na declaração do Imposto de Renda, certo?

Você não compra produtos piratas, certo?

Você não volta a quilometragem do carro, para vendê-lo como mais novo do que é realmente, certo?

Mentir que estava doente, para ter um dia de folga do trabalho, de jeito nenhum, certo?

Ah, mas você quer dizer que quem rouba a Previdência e quem compra um cd pirata são iguais?? Cometeram o mesmo crime??

Sim e não.

Não cometeram o mesmo crime, mas são iguais sim.

Não existe meio grávida! Não existe meio honesto!

Infelizmente, a culpa é minha.

E sua.

Você pode não acreditar, mas é.

Para mim é isso: “Ou mudamos nossas atitudes ou não muda nada!”.

O país precisa criar uma nova cultura. A cultura do honesto, do justo, do compartilhar, do ensinar a pescar (nada de dar o peixe).

Isso não acontecerá do dia para noite, portanto estamos atrasados para começar a fazê-lo.

Você quer um mundo melhor para seu filho? Então prepare um filho melhor para o mundo.

Número de Senadores por Estado

Estados Unidos      02
Brasil                     03
Canadá                  01

Para quê um número de 81 senadores e qual o benefício que eles trazem a sociedade?

A história mostra que o Brasil já teve apenas 02 por estado. O aumento de 2 para 3 aconteceu com a criação do senador biônico pelos militares. Obviamente na época os oposicionistas se mostraram radicalmente contra a mudança e mais obviamente ainda a oposição ao chegar ao poder “esqueceu-se” disso e manteve o número de 03 senadores por estado.

Não vou entrar nos detalhes dos 100 diretores ( de cheek-in, garagem, piscina e etc) que o Senado possuía (ou possui?) com salário de R$ 20.000,00 ao mês e o privilégio de um carro com motorista ao seu dispor. Vamos continuar falando do Senado.

Outros números:
R$ 34.000.000,00 por ano é o custo de cada senador
R$ 2.754.000.000,00 por ano é o custo dos 81 senadores

CB007271Se o número de Senadores fosse diminuído de 03 para 02 significaria uma economia de R$ 918.000.000,00 POR MES aos cofres da nação.

Esse dinheiro ajudaria a Saúde Pública? A Educação?

Esses 27 Senadores a menos fariam falta?

O caminho do que é justo, certo, viável é claro. Mas estamos indo no caminho oposto:

Notícia publicada em 18/04/09

Entenda o projeto que cria mais vagas de vereadores

SÃO PAULO – O Senado aprovou, mas a Mesa da Câmara vetou a proposta de emenda constitucional (PEC)que cria 7.343 vagas de vereadores no País. A PEC aprovada aumenta de 51.924 para 59.267 o número total de vereadores no País.O aumento – de 7.343 vereadores -, segundo o relator da PEC, senador César Borges (PR-BA), não significará maiores gastos para os municípios com a manutenção das câmaras de vereadores, mas a Mesa da Câmara não concorda com essa interpretação.

(…)

Nas 645 cidades paulistanas serão 1.246 novos parlamentares, 15,74 de todos os postos que o Congresso tenta recriar no Pais para repor a maior partedas cadeiras extintas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo o trabalho, depois de São Paulo, os Estados onde serão criadas maiscadeiras, se a nova medida for efetivada, são Minas Gerais (884 vagas), Bahia (723), Rio Grande do Sul (498), Paraná (465), Pernambuco (455), Ceara (453), Para (419), Maranhão (401), Rio (371), Santa Catarina (308) e Goiás (262).

(…)

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac296172,0.htm

Notícia publicada em 14/04/09:

Deputado usou cota de passagens para pagar viagem de Adriane Galisteu e outros artistas

Mario Falcão – da Folha Online, em Brasília

O deputado Fabio Faria (PMN-RN) utilizou a cota de passagens aéreas a que tem direito para pagar viagens de artistas. A Câmara custeou bilhetes aéreos para a apresentadora Adriane Galisteu, sua ex-namorada, para os atores Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo.

Segundo a assessoria da apresentadora, Galisteu vai comentar o assunto após às 19h30.

O deputado divulgou nota nesta terça-feira afirmando que foram identificadas “falhas pontuais, mas que já corrigiu o erro devolvendo o dinheiro aos cofres do Legislativo.

A assessoria do deputado, no entanto, informou que as despesas com viagens de Adriane Galisteu não foram ressarcidas. A explicação é de que ela era companheira do deputado na época.

Segundo reportagem do site “Congresso Em Foco”, foram pagas sete viagens para a apresentadora e sua mãe, Emma Galisteu, entre 2007 e 2008. Somadas, as passagens da apresentadora, da mãe e do amigo custaram à Câmara cerca de R$ 11 mil.

O deputado afirma que teria ressarcido aos cofres da Câmara as passagens pagas para atores Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo participarem do carnaval fora de época em Natal, em dezembro de 2007. Eles foram convidados para o camarote que o deputado organizou para o evento.

Cada parlamentar tem direito a uma cota mensal de R$ 16.010,83 para gastar em passagens aéreas. Não há restrições para o uso das passagens. A Mesa Diretora da Casa chegou a estudar medidas para coibir abusos, mas, pressionada, voltou atrás e estabeleceu apenas que apenas um servidor de cada gabinete será responsável por administrar as passagens.

(…)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u550334.shtml

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Separando o joio do trigo:

Ninguém, nem Adriane Galiste, Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo (citados na matéria) perguntam a quem lhe presenteia: “De onde veio o dinheiro que pagou esse presente?”.

Então que fiquem de fora de quaisquer comentários e que sejam classificados com vítimas do fato.

Notícia publicada em 17/04/09:

Congresso legaliza doação de passagem a familiares

A Câmara e o Senado decidiram cortes no uso de passagens aéreas, mas legalizaram a doação de bilhetes para parentes, assessores e correligionários de parlamentares

Em meio às revelações do descontrole no uso das passagens aéreas a que congressistas têm direito, a Câmara dos Deputados e o Senado resolveram anunciar no mesmo dia medidas alegadamente moralizantes sobre o benefício. Decidiram cortes, mas legalizaram a doação de bilhetes para parentes, assessores e correligionários dos deputados e senadores. O Senado ainda liberou o uso da cota de passagem aérea para fretamento de jatinhos e barcos.

Em contrapartida, a Câmara prometeu reduzir em 20% o valor da cota de passagem aérea destinada aos deputados federais, hoje em R$ 80 milhões anuais. O cálculo é feito com base na maior tarifa para os estados cobrada pelas companhias aéreas. Isso possibilita aos deputados, com uma passagem, comprar outras a preços promocionais.

(…)

http://www.opovo.com.br/opovo/pagina2/870942.html

O primeiro parágrafo diz muito:

A Câmara e o Senado decidiram cortes no uso de passagens aéreas, mas legalizaram a doação de bilhetes para parentes, assessores e correligionários de parlamentares”

Para não deixar a sociedade sem resposta a mais esse ABUSO cometido pelos priveligiados políticos nacionais as duas casas (Câmara e Senado) anunciam que cortaram em 20% os gastos com cotas áreas.

Como são racionais! [/irônico]

Em contrapardida legalizaram a doação dos bilhetes a quem quer que seja. Aliás, retiro o “quem quer que seja” por que a doação é o que é imoral. Não importa se foi para a mãe, para a vovó doente, para a namorada ou para o filho do primo da neta da cunhada da vizinha.

Político no país se preocupa apenas com a legalidade. Claro. É o ilegal que poderá complicá-lo.

E a moralidade? E a ética? E o compromisso com os eleitores, com a sociedade, com o povo?

Lembremo-nos que a escravidão já foi legal no país.

Mas não pára por aí:

Notícia publicada em 17/04/09

Comissão da Câmara vai investigar cota de passagens áereas

Luciana Nunes Leal, de O Estado de S. Paulo

Casos descobertos na última quinta-feira apontam a possibilidade de um mercado paralelo das cotas excedentes

BRASÍLIA – O escândalo da farra das passagens aéreas pagas com dinheiro público da Câmara passou da esfera da falta de ética para a ilegalidade. Uma comissão de sindicância da Câmara foi criada ontem para investigar a suspeita de fraude e comércio ilegal dos créditos concedidos mensalmente aos deputados. Dois casos descobertos na última quinta-feira apontam a possibilidade de um mercado paralelo das cotas excedentes dos parlamentares. As vítimas foram os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Eros Grau.

Os registros de viagens pagas com as cotas de deputados mostram a emissão de passagens em nome de Gilmar Mendes e de sua mulher, Guiomar, com recursos do gabinete do deputado Paulo Roberto (PTB-RS). As viagens foram para Fortaleza e Nova York, em julho do ano passado. No entanto, o casal comprou as mesmas passagens, no valor total de R$ 9.246,34, pagos em cinco parcelas com o cartão de crédito do ministro.

(…)

http://www.estadao.com.br/nacional/not_nac356651,0.htm

aviaoNão basta ter o privilégio de ter um número X de passagens áreas sem custo por mês.

Não basta burlar o privilégio e dar aos outros as passagens pagas com dinheiro público.

Há que se dar um jeito de fazer dinheiro também.

Depois o povo quer que político trabalhe. E eles tem tempo para isso?

Pense diferente e opine:


De acordo com a Constituição de 1988, há duas espécies de imunidade parlamentar.

A primeira goza de caráter absoluto (inviolabilidade). De acordo com ela, o parlamentar não se sujeita a quaisquer conseqüências civis ou penais em razão das suas opiniões, palavras e votos, desde que, naturalmente, suas manifestações ocorram nos marcos do exercício do mandato. Normalmente, não há muitas controvérsias em relação à necessidade de preservar a inviolabilidade da função parlamentar.

sossegoA segunda espécie de imunidade consiste na impossibilidade de prender os membros do Congresso Nacional, desde a expedição do diploma, salvo em flagrante de crime inafiançável. Também se configura por meio da possibilidade que a Casa respectiva (Câmara ou Senado) tem de sustar o andamento da ação, recebida a denúncia contra senador ou deputado, por crime praticado após a diplomação. É sobretudo em relação à imunidade formal ou processual – esta última – que recaem as críticas mais acentuadas.

Notícia publicada em 12 de Março de 2009:

Comissão do Senado aprova fim de prisão especial para pessoas com diploma de nível superior

da Agência Senado

A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado deu parecer favorável na quarta-feira (11) ao projeto de lei que atualiza o Código de Processo Penal e retira da lista dos que podem usufruir de prisão especial pessoas com curso superior, padres, pastores, bispos evangélicos, pais de santos ou com títulos recebidos pela prestação de relevantes serviços.

A proposta, que ainda vai a plenário, foi votada em regime de urgência, na forma de substitutivo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), presidente da comissão. O projeto de lei sistematiza e atualiza o texto do código, o Decreto-Lei 3.698, de 1941, no que se refere à prisão, às medidas cautelares e à liberdade provisória.

O projeto, já aprovado pela Câmara dos Deputados, teve sua origem na proposta elaborada, em 2000, por uma comissão de juristas criada pelo Executivo.

De acordo com o texto aprovado pela CCJ, o rol de pessoas que passam a ter direito à prisão especial, bem mais restrito, será integrado por pessoas com as seguintes atribuições: ministros de Estado, governadores, senadores, deputados federais e estaduais; prefeitos e vereadores; membros das Forças Armadas; magistrados, delegados e membros do Ministério Público e da Defensoria Pública; membros dos tribunais de Contas; e cidadãos que já tiveram exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos dessa lista por motivo de incapacidade para o exercício da função.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u533468.shtml

Avaliando o intuito da lei podemos discutir se é válida ou não. O Presidente questionou o porquê de um cidadão com diploma ter privilégios em relação a um cidadão sem diploma. Particularmente penso que quanto mais iguais formos menos problemas teremos.

Ok. Que se tire a prisão especial aos que tem nível superior!

Mas porque mantê-la aos políticos? Aos Juízes vá lá. O cara que pôs os outros na cadeia, se for para o mesmo ambiente estará sob um perigo altíssimo. Concordo. Mas e os políticos?

O Presidente da República no meio de presos comuns também deve correr riscos e, além disso, dependendo do Presidente, pode trazer comoção, protestos e uma imagem negativa do país no exterior. Mas e os políticos?

Notícia publicada em 1º de abril de 2009:

Senado aprova fim da prisão especial

O Senado aprovou nesta quarta-feira um projeto de lei que acaba com a prisão especial para políticos, pessoas que prestam serviço ao poder público e os cidadãos que já exerceram efetivamente a função de jurado. No dia 20 de março, a Casa já havia votado o mesmo projeto que acabava com o benefício para pessoas com curso superior, agora ele foi expandido.

De acordo com o novo texto, a prisão especial só pode ser determinada pelo juiz em casos que envolvam risco de vida ou ameaça a integridade física do prisioneiro. O presidente da República, juízes e membros do Ministério Público da União ainda mantêm o direito à prisão especial.

Segundo os senadores, essas categorias ficaram de fora porque não poderiam ser alvo da mudança por meio de uma lei ordinária. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senador Demóstenes Torres (DEM-GO), afirmou que deve apresentar nos próximos dias uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que as exceções sejam excluídas.

Como a proposta foi modificada pelos senadores, ela volta para apreciação dos deputados na Câmara e, só então, segue para sanção presidencial.

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/senado-aprova-fim-prisao-especial-432481.shtml

Vinte dias depois da primeira notícia a segunda aparece “politicamente correta”. Agora apenas o Presidente da República, juízes e membros do Ministério Público continuam com o privilégio da prisão especial. O restante deve passar pelo crivo da Justiça que avaliará a necessidade caso a caso.

Minha intenção não é discutir se político tem direito ou não a prisão especial. Eles não tem.

Também não baterei palmas a retirada deles da lista de privilegiados, primeiro porque a intenção inicial não era essa (se fosse a versão original já viria assim), segundo porque sabemos que antes da prisão vem a condenação. E quando algum político será condenado por qualquer coisa nesse país?

Prisão para político é balela. Hoje eles têm balela especial, amanhã terão balela comum (isso se a lei for aprovada com essa alteração).

Posto qual não é a intenção dessa discussão falta propor a discussão.

Nitidamente a intenção desse projeto de lei, além de retirar o privilégio dos diplomados, era manter o privilégio aos que precisam e aos políticos.

“Aos amigos os benefícios da lei. Aos inimigos o rigor da lei e aos indiferentes a lei.”

Os “indiferentes” e os “inimigos” dos políticos variam, mas os “amigos” garanto a você, não somos nós.

Imunidade Parlamentar, regras diferentes para a aposentadoria do funcionalismo público,  licença prêmio,  auxílio viagem e etc.

No Brasil nunca tivemos luta de classes de verdade. A tensão social sempre foi entre o Estado, ou seus donos, e a Sociedade, especialmente os brasileiros desprovidos de Privilégio.

O Estado sempre foi propriedade privada de poucos, e por isso Brasil nasceu e cresceu desigual.

deveresdireitosO desequilíbrio entre “direitos” e “deveres” é um grande defeito da estrutura política brasileira, refletida na Constituição.

Por sua vez o povo acomoda-se na constituição protecionista e assistencialista e não se incomoda com a falta de deveres.

O brasileiro, em geral, deixa para segundo ou terceiro plano a injustiça social se ganhar algum benefício próprio.

Os parlamentares são representantes do seu eleitorado. Correto?

Você foi consultado se queria ter pensões e aposentadorias menores do que as dos funcionários públicos? Porque o seu representante pensou que sim?

Favorecer o setor público é desfavorecer os demais.

Dessa forma são criadas categorias de cidadania. Os que estão no setor público estão acima das demais.

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Pense diferente e opine:

           

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Autor

Paulistano, 33, analista de sistemas, marido da Renata e pai do Jorge.